A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde de Governador Valadares (SRS-GV), concluiu ontem (24-06) a última capacitação do 1º Encontro da Atenção Primária à Saúde. O foco foi a elaboração de Projetos do Núcleo de     Apoio à Saúde da Família (NASF), iniciada na semana passada. Participaram coordenadores municipais de Atenção á saúde e outros técnicos de saúde de 51 municípios  da região leste.
 
O objetivo foi orientar os municípios na implantação dos NASF’s em suas localidades observando o marco legal disposto na Portaria MS nº. 3.124 de 28/12/2012.

“A perspectiva do NAPRIS Regional de Governador Valadares é de assessorar os municípios no processo de elaboração do Projeto de Credenciamento da equipe do Núcleo de Apoio à saúde da Família – NASF usando a metodologia de oficinas”, afirmou a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SRS-GV, Flávia Augusta Viana, que presidiu o encontro.
 
Segundo Flávia Viana a nova configuração das normativas do NASF, os municípios com uma e duas Equipes de Estratégia de Saúde da Família poderão ampliar o número de profissionais que participarão na dinâmica da Atenção Primária à Saúde. “Esse modelo de produção do cuidado pressupõe a conformação de uma relação de trabalho colaborativo, além do compartilhamento de responsabilidades e práticas interdisciplinares”, salientou.

As capacitações foram abertas com uma apresentação da coordenadora do Napris cujo tema foi “A Integração entre o NASF e as Equipes de Saúde da Família”. Em seguida a enfermeira Maria da Penha Ferreira Machado abordou os aspectos da Atenção Primária a Saúde (APS).

Na última parte da programação, coordenada pela técnica Valéria Santos Xavier, os participantes foram divididos em grupos para participarem de oficina e elaborar projetos. Nesta última parte os técnicos municipais elaboraram projeto fictício de implantação do NASF nos municípios.

Para a psicóloga do município de Aimorés, Natália Warol, o encontro foi muito produtivo. “Achei muita proveitosa a capacitação, que foi um momento para aprendermos sobre as normativas de como legalizar e instrumentalizar o trabalho do NASF em nosso município, com uma regra geral que é aplicada dentro da contextualização de cada localidade”, frisou.

 Já a enfermeira Anna Paula Marques de Resplendor, destacou que o evento propiciou a troca de experiências entre os municípios. “São poucas as oportunidades que temos de estar em conjunto com outros municípios, elaborando projetos e trocando experiências. Ao voltar ao município, procuraremos organizar o nosso projeto do NASF de acordo com a nossa população”, finalizou.

O secretário municipal de Saúde de São João Evangelista, Franklin Lima da Cruz, elogiou a organização da oficina. “A iniciativa de reunir os municípios que tem problemas afins e experiências diferentes colocando-os juntos para encontrar soluções é muito boa. Acredito que quando o Governo dá um incentivo e cobra resultados, as ações são muito mais efetivas e resolutivas. Quando se cobra resultado, a chance de sucesso é muito maior”, declarou.

Para coordenadora de APS do Município de Resplendor, Anna Paula Marques, a capacitação foi importante para aprimorar a Atenção Primária nos municípios.  “A oficina foi muito boa porque através dela nos vamos ter competências para retornar aos nossos municípios e repassar para as equipes, corrigindo deficiências e com isso conseguindo uma melhoria nos serviços de saúde. Com o PMAQ vamos ter instrumentos de avaliação da qualidade das ações”, ressaltou.

A capacitação foi coordenada pelas tutoras Kelen Candida Braga (apoiadora do COSEMS) e Maria da Penha Ferreira Machado (NAPRIS SRS-GV) e durou três dias, com 8 horas diárias de carga horária.
 
Fases do PMAQ

A organização do PMAQ já ultrapassou a primeira fase de Adesão ao Programa, que foi a contratualização de compromissos e indicadores entre as equipes de Atenção Primária e gestores municipais e destes com o Ministério da Saúde.

Agora se chegou a segunda fase que é o desenvolvimento do conjunto de ações que serão empreendidas pelas equipes de APS, visando promover os movimentos de mudança e gestão do cuidado que produzirão na melhoria do acesso e acolhimento da qualidade da Atenção Básica. Esta etapa está organizada em quatro dimensões: autoavaliação; Monitoramento; Educação Permanente e Apoio Institucional.

As últimas fases são a avaliação externa e um processo de pactuação singular das equipes e dos municípios com incremento de novos padrões e indicadores de qualidade.

Por Frederico Bussinger