O núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da Regional de Saúde de Divinópolis (NUVEAST) e a coordenação estadual de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promoveram, entre os dias 11 e 13/11, a oficina de Vigilância das Coberturas Vacinais. O evento foi direcionado às referências técnicas de imunização e das salas de Vacinas dos municípios de Araújos, Bambuí, Bom Despacho, Campo Belo, Divinópolis, Formiga, Itaguara, Itaúna, Luz, Medeiros, Pains, Pará de Minas, Pitangui, Santana do Jacaré.

Oficina Vigilância em Imunização 18

O encontro teve o objetivo de instrumentalizar os técnicos das secretarias municipais de Saúde no monitoramento, análise e avaliação dos dados desde a sua origem, buscando a qualidade e a produção de informações que subsidiem na identificação de populações mais vulneráveis às doenças imunopreveníveis, bem como no planejamento e adoção de medidas de intervenção oportunas.

Durante os três dias de oficina foram abordados temas como o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e as estratégias de identificação de populações de risco; o Sistema de Informação do PNI como Ferramenta para identificar e priorizar risco; a Aquisição, Distribuição, Monitoramento dos imunobiológicos e Classificação de risco de transmissão de doenças imunopreveníveis com base nos indicadores de imunização. Os participantes, também, realizaram exercícios práticos com o propósito de avaliar a qualidade dos dados de vacinação, analisar as coberturas vacinais e o uso e perda dos imubiológico.

A referência técnica de Imunização e responsável pela cobertura Vacinal da SES-MG, Aline Mendes Vimieiro, abordou sobre o funcionamento dos relatórios no Sistema do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) web, sua relevância para o desenvolvimento do trabalho diário das salas de vacinas e cumprimento das coberturas vacinais. Além disso, ela destacou os principais fatores que fragilizam ou potencializam o alcance das coberturas vacinais e como o trabalho de nível local frente à vigilância das coberturas é importante para o monitoramento e avaliação do PNI. “Esperamos que, com a oficina, possamos melhorar a gestão de imunobiológicos, trabalhar de forma integrada, monitorando de forma sistemática o banco de dados. Dessa forma, ao utilizarem todas as ferramentas disponíveis, os municípios podem elevar suas coberturas vacinais, estejam vigilantes e minimizem os riscos de ocorrência de doenças preveníveis por imunização”, destacou.

Para a referência em imunização da regional de Saúde de Divinópolis, Suelem Santos, é importante que os técnicos municipais estejam atentos para o número de doses aplicadas, situações de surto, estoque, validade e perda das vacinas e soros. “Precisamos melhorar a organização e o planejamento dos imunobiólogicos. Não pode faltar, mas também não pode sobrar. Para isso, precisamos reduzir as perdas. Falhas em equipamentos não vamos conseguir impedir, mas podemos diminuir estas ocorrências de perdas físicas (quando o frasco se perdeu ainda lacrado por quebra, falha do equipamento de refrigeração, problemas no transporte, armazenamento inadequado, falta de energia elétrica)”, finalizou.

Por Willian Pacheco