A unidade da Farmácia de Minas da Regional de Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH) atende, em média, duas mil pessoas diariamente na avenida do Contorno 8.495, no bairro Gutierrez na capital mineira. Neste contexto, mais de 70 profissionais de diversos setores da Farmácia participam de capacitação que envolvem as temáticas de direito e atendimento ao usuário LGBT, bem como a saúde do homem e da mulher.

Crédito: Leandro Heringer

A coordenadora da unidade do Núcleo de Assistência Farmacêutica da SRS, Patrícia de Oliveira, afirma que a  realização de palestras periódicas "tem por objetivo trazer informações relevantes para cada trabalhador da farmácia, tanto enquanto cidadão, como enquanto profissional", explica.

O coordenador estadual de Políticas de Diversidade Sexual da Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Bruno Seixas, enfatiza importância de trazer para o servidor da Farmácia de Minas a diminuição da vulnerabilidade da população LGBT. “A princípio estamos trazendo o decreto sobre o nome social tanto em empresas públicas quanto privadas e órgãos públicos. Em novembro, já está pactuado com a Polícia Civil de Minas Gerais a emissão da carteira de identidade com o nome social”. Seixas enumera outras ações de políticas afirmativas da população LGBT. “Temos um grupo de trabalho junto com a Defensoria Pública que trabalha com a retificação de nome e gênero na própria certidão de nascimento. Isso facilita nas questões de empregabilidade e renda e tratativa social. Essas são algumas das ações realizadas pelo Governo de Minas”, destaca.

As palestrantes da Diretoria de Políticas LGBT da Prefeitura de Belo Horizonte no evento, Marhessa Rocha e Rhany da Silva Mercês, salientaram a relevância do atendimento humanizado. “É importante o respeito ao cidadão, à auto identidade de gênero e ao nome social. Hoje, temos a oportunidade de trazermos subsídios para ao cidadão, para o servidor público e pela reafirmação dos direitos de todas as populações, inclusive por meio de legislações vigentes”.

Para promoção à saúde de homens e mulheres, salientada nos meses de outubro e novembro, a enfermeira e docente da Escola Técnica de Enfermagem, Tatiana Oliveira, enfatizou a necessidade de informação. “Frisei muito a questão dos sinais e sintomas e percebi grande interesse por parte dos trabalhadores. Nas mulheres, há o período menstrual para lembrar sobre a própria saúde. É importante o homem também prestar atenção no próprio corpo.

Segundo a servidora especialista em Políticas e Gestão em Saúde, Renata Cruvinel, o evento constitui momento fundamental para os funcionários aperfeiçoarem o conhecimento do contexto social da promoção à saúde. “O evento é fundamental para o trabalhador aprimorar o atendimento e ter conhecimento para aplicar na própria vida”.

Por Leandro Heringer