Em alusão à Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, que acontece entre os dias 4 e 8 de novembro, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça a importância de cuidar da saúde bucal e prevenir esse tipo de câncer. A data tem o objetivo de informar sobre a doença, medidas preventivas, tratamentos, além de orientar sobre os serviços de saúde bucal que estão disponíveis à população no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Câncer Bucal, também conhecido como Câncer de Boca ou Câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno que acomete os lábios, língua, assoalho da boca (região embaixo da língua), palato (céu da boca), gengiva, amígdala e glândulas salivares. Segundo a coordenadora de Saúde Bucal, Fernanda Vilarino Jorge, embora o câncer bucal seja uma doença séria, é possível reduzir a sua incidência. “O câncer bucal, que é mais comum em homens acima de 40 anos, se configura como consequência de um distúrbio no processo de renovação do tecido epitelial que pode gerar um tumor e se disseminar pelo corpo. Esse distúrbio pode acontecer pela influência de fatores de risco como tabagismo, consumo regular de bebidas alcoólicas, exposição à radiação solar sem proteção, infecção pelo vírus HPV quando transmitido por sexo oral, entre outros. Por isso, manter hábitos saudáveis como boa higiene bucal, não beber, não fumar, consultar frequentemente com um dentista, podem ajudar na prevenção da doença. Tanto a prevenção, como o tratamento são ofertados pelo SUS”, explicou.

Doença em Minas

Em 2017 ocorreram 875 óbitos relacionados ao Câncer Bucal em Minas Gerais. Segundo o INCA, para o ano de 2019 são esperados 1.440 novos casos, 1.110 em homens e 330 em mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o 5º mais frequente em homens e o 12º em mulheres no estado.

A Coordenadora de Saúde Bucal, Fernanda Vilarino Jorge, reforça a importância de se atentar para alguns sinais principais da doença, como lesões (feridas, caroços, manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas) no lábio e na cavidade oral que não cicatrizam em até 15 dias, nódulos no pescoço ou rouquidão persistente. Em casos mais avançados, observa-se dificuldade em mastigar ou engolir, dificuldade na fala e sensação de que há algo preso na garganta.

Banco de Imagem Pixabay

“Pessoas que têm hábito de fumar e beber têm maiores chances de desenvolverem esses sintomas e ter câncer de boca. Ao identificar um ou mais desses sinais, a orientação é para buscar um serviço de saúde mais próximo, para a investigação por um profissional de saúde. Quando o câncer é diagnosticado em sua fase inicial existe muita chance de cura, mas com a progressão da doença a possibilidade de cura se reduz. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados. Portanto, quanto mais cedo o diagnóstico, maior é a chance de cura”, orienta.

Prevenção

Para prevenir a doença é importante diminuir as chances de desenvolvimento do tumor com o controle dos comportamentos de risco, como:

- Não fumar e nem mascar tabaco.

- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;

- Usar chapéu e protetor labial em caso de exposição constante à radiação solar;

- Fazer uso de preservativos, inclusive durante a prática de sexo oral;

- Vacinar contra o HPV nas faixas etárias indicadas.

Atendimento no SUS

O atendimento em saúde bucal no SUS começa na Atenção Primária e o primeiro passo a ser dado por quem precisa de atendimento odontológico é buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência. Em relação ao Câncer Bucal, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizam ações de prevenção, promoção à saúde, cuidado e acompanhamento do usuário durante o tratamento e devem estar atentos aos principais sinais e sintomas do Câncer Bucal no acolhimento e nas consultas realizadas, de forma a identificar precocemente as alterações existentes para que diagnóstico e tratamento possam ser feitos de forma ágil e adequada.

A atenção especializada ambulatorial, representada pelos CEO (Centros de Especialidades Odontológicas), realiza serviços de diagnóstico bucal, como as biópsias, com ênfase no diagnóstico e detecção do Câncer Bucal e também o acompanhamento de usuários com lesões com potencial de malignidade. O tratamento é feito nos hospitais da rede de Oncologia de Cabeça e Pescoço.

Por Jornalismo SES