A Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Saúde do Trabalhador (NUVEAST) e em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Timóteo, realizou nesta quinta-feira (31/10), uma capacitação sobre a Epidemiologia e Manejo Clinico das Arboviroses. O evento ocorreu no Auditório do Centro Educacional Católico do Leste de Minas Gerais (CEC-MG), em Timóteo, tendo como público os médicos e enfermeiros dos 35 municípios que compõem a região de saúde do território Vale do Aço.

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De acordo com a referência técnica em arboviroses da Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Micheli Egydio, o objetivo da capacitação foi a atualização dos profissionais de saúde quanto à epidemiologia e manejo clínico de arboviroses como dengue, zika vírus, febre amarela e chikungunya, antes do período de alta transmissão dessas doenças. “Foi apresentado o perfil epidemiológico das arboviroses dos 35 municípios que compõe a nossa região e também feito o levantamento dos boletins epidemiológicos estadual e nacional, que contêm os dados sobre casos suspeitos e prováveis das arboviroses de Minas e da região. Temos que nos antecipar ao período de alta transmissão, sempre no estado de vigilância para uma possível epidemia”, informou Micheli.

A médica infectologista Mariana Vasconcelos Costa Araújo, servidora do município de Timóteo, realizou a apresentação sobre o manejo clínico das arboviroses, apontando as características das doenças e sua transmissão, sintomas que as antecedem, bem como sua duração e suas complicações. A médica abordou o diagnóstico diferencial de dengue, zika e chikungunya, bem como o quadro clínico apresentado pelos pacientes, classificação de risco e sinais de alarme. “Diversos sintomas estão presentes nas arboviroses, mas há diferenciação pela intensidade e frequência em cada uma delas. Os casos suspeitos de arboviroses devem receber a classificação adequada de atendimento e, quando os profissionais da equipe de saúde estão sensíveis a essa necessidade e seguem adequadamente os protocolos recomendados e estabelecidos pelo Ministério da Saúde, o risco de complicação e óbito são bem menores”, afirmou Mariana.

Situação Epidemiológica

Em 2019, até o momento (dados atualizados em 21/10), Minas Gerais registrou 482.827 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de dengue, 2.548 deles na região de saúde do Vale do Aço. Foram registrados 150 óbitos em 46 municípios, e 94 óbitos permanecem em investigação para esse agravo.

Em relação à Febre Chikungunya, Minas Gerais registrou 2.780 casos prováveis da doença em 2019, 738 deles na região de saúde do Vale do Aço. Em 2019, até o momento, foi confirmado um óbito por chikungunya do município de Patos de Minas, e existe um óbito em investigação.

Já em relação à Zika, foram registrados 756 casos prováveis da doença em 2019, até a data de atualização do boletim (21/10/2019), sendo 27 deles na região de saúde do Vale do Aço.

O estado está em situação de alerta para esse aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo Aedes (dengue, chikungunya e zika).

Por Flávio A. R. Samuel

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