A Regional de Saúde de Governador Valadares, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvige), concluiu na última terça-feira (17/09), reuniões técnicas sobre o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), com a participação de referências técnicas municipais do Sistema e coordenadores de Epidemiologia de 51 municípios da Região Leste. Os municípios foram divididos em dois grupos, sendo que o primeiro foi capacitado na segunda-feira (16/09).

Segundo a referência de Sistemas de Saúde da Regional de Governador Valadares, Erníria Carvalhais Silva, “o objetivo da reunião, que é realizada todo ano, foi realizar uma abordagem geral do SINAN, seu uso, manuseio e envio de relatórios e também sua importância para a Vigilância Epidemiológica na investigação de casos de doenças e agravos, por meio de relatórios e de análise e interpretação de banco de dados, além da comunicação de retorno para os órgãos competentes”, destacou.

Erníria Carvalhais acrescentou, ainda, que a reunião também foi uma oportunidade de apresentar a nova referência técnica do sistema, Guilherme Nery, que atuará em seu lugar a partir deste segundo semestre.

Créditos: Frederico Bussinger

A operadora do SINAN no município de Divinolândia de Minas, Jucilena do Carmo, que já atua com o sistema há nove meses, destacou a importância da reunião. “A capacitação foi muito boa e satisfatória, pude tirar muitas dúvidas e deu para verificar que temos muita coisa para fazer dentro do sistema”, finalizou.

O Sinan

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de Setembro de 2017, anexo V - Capítulo I), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, como varicela no estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo.

Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e as tornem disponíveis para a comunidade. É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções.

Por Frederico Bussinger