Com enfoque na atualização de informações e de procedimentos para atendimento de pessoas com suspeitas de terem sido acometidas por sarampo, meningites, gripe influenza ou coqueluche, nesta quarta-feira, 11/9, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizará, em Montes Claros, o Seminário em Vigilância Epidemiológica, Resposta às Emergências em Saúde Pública. O evento ocorrerá a partir das 8h30, no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), com a participação de profissionais atuantes nas áreas de vigilância em saúde, atenção primária, imunização, laboratórios, médicos e enfermeiros de 53 municípios que integram a área de atuação da Regional de Saúde de Montes Claros.

A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e de Saúde do Trabalhador (Nuveast) da Regional de Saúde, Agna Soares da Silva Menezes, explica que o objetivo do seminário é atualizar informações e alinhar com os municípios, a fim de que seja assegurado o atendimento de pacientes nos serviços de atenção primária dentro dos protocolos já definidos. “Identificar de maneira precoce os pacientes acometidos por alguma dessas doenças e adotar os tratamentos corretos se constituem em fatores de fundamental importância para evitar agravos, óbitos e a proliferação das doenças”, acrescenta Agna Menezes.

O seminário será aberto pela superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques e, em seguida, os sinais de suspeição do sarampo será tema de palestra do médico, Marcelo Guimarães Pereira, referência técnica da Regional de Saúde de Montes Claros em imunobiológicos especiais e eventos adversos pós vacina.

vacina sarampo

A imunização e bloqueio vacinal contra o sarampo será abordado pela referência técnica, Mônica Rochido Azevedo. Já a coleta e envio de amostras para exames laboratoriais será abordado pela referência técnica do Laboratório Macrorregional de Montes Claros, Núbia Pereira da Silva.

Na parte da manhã, o seminário será encerrado com duas palestras: situação epidemiológica e plano de contingência para resposta às emergências em saúde pública: Sarampo, a ser proferida pela coordenadora do Nuveast, Agna Menezes. Logo após o fluxograma para atendimento de casos suspeitos da doença será abordado pela coordenadora de vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros, Mara Ribeiro.

Na parte da tarde, o seminário contará com apresentação da situação epidemiológica da coqueluche, gripe influenza e meningites. A apresentação será conduzida por Agna Menezes, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde. Em seguida, a clínica, tratamento e quimioprofilaxia da coqueluche e da gripe influenza será abordado pelo médico da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros, Mariano Fagundes Neto.

O seminário será encerrado pelo médico infectologista do Centro de Controle de Infecções do Hospital Universitário Clemente de Faria, Tiago Soares Fonseca, que falará sobre a clínica e o tratamento de pacientes acometidos por coqueluche. Já a referência técnica do Laboratório Macrorregional de Montes Claros, Núbia Pereira, falará sobre como os profissionais de saúde devem proceder para a coleta e envio de amostras para exames laboratoriais com relação à gripe influenza, coqueluche e meningites.

Sarampo

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou, nos últimos 90 dias, 2.753 casos confirmados de sarampo em 13 estados. O aumento de 18% em relação ao último boletim publicado (28/08) se deve a confirmação clínica de casos que estavam em investigação. O levantamento divulgado na semana passada apontou também quatro óbitos em decorrência da doença: três mortes no estado de São Paulo (duas crianças e 1 adulto); e uma no estado de Pernambuco (uma criança). Em nenhum dos quatro casos foi comprovada a imunização contra o sarampo.

O Ministério da Saúde já destinou 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral a todos os estados. Todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias deverão tomar uma dose extra da vacina. A vacina é a principal forma de proteção contra o sarampo.

É importante esclarecer que a chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose). A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente de a criança ter tomado a “dose zero” da vacina.

Por Pedro Ricardo