A Regional de Saúde de Varginha promoveu na última quinta-feira, 06 de junho, o módulo teórico da capacitação sobre a vacina BCG e Prova Tuberculínica. O objetivo do treinamento é dar início ao processo de habilitação de novos profissionais de saúde das Secretarias Municipais de Saúde dos municípios que fazem parte da Regional, para a aplicação da BCG, PPD e leitura da Prova Tuberculínica.

Crédito: Mariana Ribeiro

Patrícia Fátima Bento Ribeiro, referência do Programa de Controle de Tuberculose da Regional de Saúde de Varginha, deu início ao evento com uma apresentação sobre a tuberculose, incluindo conceitos importantes sobre a doença e dados epidemiológicos. Com isso, ela demonstrou a relevância desse agravo dentro do atual cenário de saúde pública a nível mundial, nacional, estadual e regional.  

A referência destacou ainda aspectos sobre os sintomas clássicos da tuberculose, na forma pulmonar, visto que é a mais preocupante no que se refere à saúde pública. Foram ainda enfatizadas a relevância do diagnóstico precoce e tratamento oportuno, reforçando a importância da busca ativa dos sintomáticos respiratórios como sendo a principal estratégia para controle da doença. “É extremamente importante que seja feita a detecção desses casos em todas as unidades de saúde dentro do território. Precisamos capacitar e sensibilizar todos os profissionais para identificação e valorização da tosse como um sinal relevante para suspeição precoce da tuberculose na população”, afirmou Patrícia Ribeiro.                                   

Em seguida, Renata Siqueira Julio, referência do Programa de Imunização da Regional de Saúde de Varginha, abordou a vacinação de BCG, destacando os aspectos históricos da vacina Bacilo Calmette-Guérin (BCG). A BCG tem como indicação prevenir a tuberculose miliar e meníngea e deve ser aplicada, na rotina dos serviços, em crianças de 0 a 4 anos de idade, preferencialmente nas primeiras horas de vida dos recém-nascidos. Além disso, é indicada para contatos de casos de hanseníase. Renata abordou ainda as contraindicações, dose e administração, conservação e validade, técnicas de diluição e os eventos adversos da vacina. Finalizou citando estudos em andamento que visam desenvolver novas vacinas contra a tuberculose.                                                                              

Em outro momento, a referência do Programa de Controle de Tuberculose, Patrícia Ribeiro, explanou sobre a Vigilância de Infecção Latente pelo M. tubercuolsis (ILTB) e sobre a Prova Tuberculínica (PPD). Destacou que, com o diagnóstico precoce de ILTB e início oportuno do tratamento, espera-se a diminuição em até 90% de redução do risco de adoecimento por tuberculose. Em razão da normalização da disponibilidade do PPD, é necessário que os profissionais de saúde se atentem para as populações que têm indicação para investigação e tratamento do ILTB, a fim de pensarem em uma reorganização dos serviços com vistas a facilitar o acesso à prova tuberculínica, garantindo o manejo adequado em cada caso.                                                      

Em parceria com a Fundação Hospitalar do Município de Varginha (FHOMUV), no período da manhã, as colaboradoras Juliana Campos Pereira, responsável técnica pelo laboratório, e Janice Raquel Scottini, bioquímica, fizeram a demonstração da técnica de aplicação e leitura da Prova Tuberculínica. Na ocasião, elas compartilharam a experiência vivenciada no cotidiano do serviço e esclareceram dúvidas dos participantes quanto aos procedimentos. Por fim, Renata Siqueira informou que a segunda etapa desse processo está sendo organizada pela Regional de Saúde de Varginha com intuito de proporcionar o treinamento prático das técnicas abordadas.

Por Mariana Ribeiro

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