Com a constituição de grupos estratégicos envolvendo representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), da Santa Casa de Montes Claros, Hospital Universitário Clemente de Faria, Hospital das Clínicas Mário Ribeiro, Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros e representantes de várias outras instituições de saúde, o Norte de Minas se constitui numa importante referência nacional na implementação do Projeto ApiceON (Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia). As iniciativas do Projeto foram destacadas nessa segunda-feira (11/02), durante o I Seminário Materno Infantil da Região Macronorte, realizado no auditório da Faculdade Santo Agostinho, em Montes Claros. O tema central do Seminário foi as “Boas Práticas para o Parto Seguro e Nascimento Saudável”.

Implementado desde 2017 pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o ApiceON é uma iniciativa do Ministério da Saúde e está presente em todos os estados. O projeto propõe a qualificação de profissionais nos campos de atenção e cuidado ao parto e nascimento; planejamento reprodutivo; atenção à mulher em situações de violência; abortamento e aborto legal.

Créditos: Pedro Ricardo

Durante a abertura do Seminário, envolvendo a participação de centenas de profissionais e estudantes da área da saúde provenientes de vários municípios do Norte de Minas, a supervisora do ApiceON no Ministério da Saúde, Sônia Lievori, frisou que com a formação de grupos estratégicos, o Norte de Minas tem condições de avançar de forma mais rápida na melhoria dos serviços prestados à população alvo do projeto, que são as gestantes e recém-nascidos. “As inovações já concretizadas em Montes Claros por meio da integração de ações entre as várias instituições integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS), coloca o Norte de Minas em posição de destaque no país, levando-se em conta que a troca de experiências entre hospitais e profissionais de saúde viabiliza o fortalecimento do diálogo e, consequentemente, a melhoria da gestão das instituições e a formação continuada de profissionais”, disse.

A mediadora do Projeto ApiceON no Ministério da Saúde, Vera Nunes Figueiredo, também destacou os avanços que as ações voltadas para a atenção às gestantes e recém-nascidos tem obtido na região Norte do Estado. “A integração de ações viabiliza que o projeto não fique circunscrito a apenas uma instituição. Nesse contexto, os hospitais se constituem importantes elos que contribuem com a melhoria dos serviços de atenção primária em saúde dos municípios, que são as principais portas de entrada da população na assistência médica e hospitalar”.

Para o superintendente da Santa Casa de Montes Claros, Maurício Sérgio Souza e Silva “a implantação do ApiceON viabiliza sustentabilidade às instituições de saúde do Norte de Minas, bem como a quebra de paradigmas. O projeto traz inovações para as instituições, por meio do aprimoramento do planejamento de ações e da gestão, o que, consequentemente, resulta na melhoria dos serviços prestados à população”. Por sua vez a superintendente do Hospital Universitário Clemente de Faria, Priscila Izabella Fonseca Barros de Menezes ressaltou que “o Projeto ApiceON possibilita às instituições de saúde saírem da zona de conforto uma vez que a troca de experiências melhora a comunicação e fortalece as ações executadas pelas maternidades e pelos serviços de atenção primária em saúde”.

O promotor Jorge Victor Cunha Barretto da Silva, da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, salientou que o Ministério Público se constitui uma das instituições interessadas no fortalecimento da integração de ações entre as instituições de saúde, “pois isso é que possibilitará superarmos problemas e desafios, visando a melhoria dos serviços prestados à população”, acrescentou.

Representando a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, a coordenadora do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde, Siderlallany Aparecida Vieira Mendes, disse que o Projeto ApiceON está avançando no Norte de Minas. “O avanço é fruto da integração de ações entre as instituições de saúde com os centros de formação de profissionais. Nesse contexto, nossa perspectiva é de que, por meio de parcerias, vamos conseguir superar as dificuldades existentes em menor espaço de tempo, inclusive por meio do término das políticas fragmentadas voltadas para o segmento saúde”, concluiu.

Por Pedro Ricardo