Desde domingo (25/11), o Ministério da Saúde promove a Semana Nacional de Combate ao Aedes nos estados e municípios brasileiros. A partir desta data até o dia 30 de novembro, a população de todo o país está convocada para unir esforços no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya.

No total, 210 mil unidades públicas e privadas de todo o país estão sendo mobilizadas, sendo 146 mil escolas da rede básica, 11 mil Centros de Assistência Social e 53 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).  A semana fecha com o dia D (30/11) de combate ao Aedes, com a realização de mutirões de limpeza em todos os espaços, incluindo os órgãos públicos.

Ações do dia Nacional de combate ao Aedes, em 2016, em uma escola de BH. Crédito: Marcus Ferreira

A Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) do Ministério da Saúde orientou estados e municípios a realizarem atividades para instruir as comunidades sobre a importância da prevenção e combate ao mosquito. Entre as atividades planejadas para a semana estão visitas domiciliares, distribuição de materiais informativos e educativos, murais, rodas de conversa com a comunidade, oficinas, teatros e gincanas.

A mobilização pretende mostrar que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, principalmente nos meses de novembro a maio, considerados o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Neste período, o calor e as chuvas são condições ideais para a sua proliferação.

“O verão é o período que requer maior atenção e intensificação dos esforços para não deixar o mosquito nascer. No caso da população, além dos cuidados, como não deixar água parada nos vasos de plantas, é possível verificar melhor as residências, apoiando o trabalho dos agentes de endemias. Esses profissionais utilizam técnicas simples e diferenciadas para vistoriar as casas, apartamentos e espaços abertos”, explica o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Divino Martins.

Dados nacionais apontam redução nas três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, entre janeiro a novembro de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017, porém, alguns estados apresentam aumento expressivo de casos de dengue, Zika ou chikungunya. Por isso, é necessário intensificar agora as ações de eliminação do foco do mosquito para evitar surtos e epidemias das três doenças no verão.

Ações no estado

Em Minas Gerais, o governo estadual, por meio  do Comitê Gestor Estadual de Enfrentamento ao Aedes, que é coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), participa e reforça as ações, dando continuidade com a campanha do ano passado "Com o AEDES não se Brinca"Em Minas, o Dia D será realizado na Escola Estadual Imaculada Conceição da Cidade de Pedro Leopoldo, às 10h, com a participação da comunidade e de autoridades.

A Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) e a SES-MG elaboraram uma nota técnica em conjunto que será enviada para as SRe e escolas estaduais orientando nos cuidados e ações em conjunto nas escolas com as Unidades Básicas de Saúde.

Conforme dados da SES-MG de 19 de novembro, em 2018, até o momento Minas Gerais registrou 26.155 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de Dengue. Em 2018, até o momento, 8 (oito) óbitos foram confirmados por dengue, residentes nos municípios de Araújos, Arcos, Conceição do Pará, Contagem, Ituiutaba, Lagoa da Prata, Moema e Uberaba. 

Há 11 (onze) óbitos em investigação por dengue. Em relação à Febre Chikungunya, Minas Gerais registrou 11.660 casos prováveis da doença, concentrados na região do Vale do Aço. Até o momento, foi confirmado 1 (um) óbito por Chikungunya no município de Coronel Fabriciano em 2018; há 2 (dois) óbitos em investigação.

Já em relação à Zika, foram registrados 157 casos prováveis da doença em 2018, até a data de atualização do boletim.

 

 

Por Ministério da Saúde / Jornalismo SES-MG