A Superintendência e gerências regionais de Saúde de Montes Claros, Januária e Pirapora, iniciaram nesta quinta-feira, 12/04, a revisão do plano de ação da Rede Cegonha na macrorregião de saúde do Norte de Minas. Durante encontro realizado na SRS de Montes Claros o trabalho tem como foco a avaliação da composição da Rede e o repasse de recursos para custeio e investimentos nas maternidades. O trabalho conta com participação de dirigentes do Conselho de Secretários de Saúde de Minas Gerais (Cosems), representantes da rede hospitalar e da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
A Rede Cegonha, coordenada em nível nacional pelo Ministério da Saúde, tem por objetivo estruturar e organizar a atenção à saúde materna e infantil, do pré-natal ao pós-parto.
“A revisão do trabalho implementado junto às maternidades é de fundamental importância, no sentido de aprimorar e garantir a assistência das gestantes desde o início da gravidez até o pós-parto” explica a referência técnica da Rede Cegonha e da área temática saúde da mulher e da criança na Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, Ludmila Gonçalves Barbosa.
O secretário municipal de saúde de Berizal e diretor do Cosems no Norte de Minas, Edivaldo Farias da Silva Filho, salientou que a entidade apoia o trabalho implementado pela SES-MG dentro da Rede Cegonha e, com a revisão do plano de ação, o Conselho pretende que a participação dos hospitais seja fortalecida e que outros serviços de saúde sejam incluídos na Rede.
Com uma população estimada em 1,6 milhão de habitantes, em 2017 os hospitais do Norte de Minas realizaram 18 mil 057 partos. A referência técnica do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde da SRS de Montes Claros, Denílson Paranhos, explicou que do total de partos realizados 99% dos casos são resolvidos na própria macrorregião de saúde, o que evita o deslocamento da maioria das gestantes para outras regiões.
Qualificação
Tendo como meta melhorar a qualidade da assistência à saúde de mulheres e crianças, a Rede Cegonha incentiva a atenção humanizada ao parto e nascimento. Isso porque entende o parto como uma experiência pessoal, cultural, sexual e familiar, fundamentada ao protagonismo e autonomia da mulher que participa ativamente, com as equipes de saúde, das decisões referentes ao parto.
Além disso, a Rede Cegonha tem buscado a qualificação da assistência à saúde, com o incentivo à abertura de leitos para gestantes de alto risco, leitos de unidades de terapia intensiva neonatal e unidades de cuidado intermediário neonatal, além de estimular a qualificação da atenção ao risco habitual, com incentivo à abertura de centros de parto normal e valorizando a inserção da enfermagem obstetrícia nos cenários de parto.
Mesmo após o parto, dentro da Rede Cegonha a mulher e o bebe são acompanhados por profissionais de saúde nos serviços onde foi realizado o acompanhamento pré-natal. Uma das práticas que deve ser estimulada e apoiada nesse período é o aleitamento materno, o qual deve ser mantido exclusivamente até os seis meses de vida da criança e, após, completado com outros alimentos por dois anos ou mais.