A Regional de Saúde de Pedra Azul realizou, no dia 11/04, um treinamento relacionado ao “Projeto de ampliação da Vigilância Entomológica para monitoramento do Aedes – implantação de ovitrampas”. O objetivo foi orientar as referências de endemias dos municípios sede da Regional - Almenara, Itaobim e Pedra Azul – para fazer a instalação e recolhimentos das armadilhas (ovitrampas), além de envio das palhetas das armadilhas para o laboratório de entomologia municipal, que farão as contagens dos ovos.

As ovitrampas são o método mais sensível, específico e barato para monitorar a população do mosquito Aedes aegypti. Elas simulam o ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti: um vaso de planta preto é preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito. Nele, os profissionais de saúde inserem uma palheta de madeira, que facilita que a fêmea do Aedes coloque ovos. Dentro do recipiente, é colocado um líquido que funciona como atrativo para a fêmea do mosquito. Dessa forma, os vigilantes conseguem observar de maneira mais rápida e eficiente a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate. A armadilha é retirada após sete dias da sua instalação e a partir dos dados recolhidos, as secretarias de saúde conseguem definir com mais exatidão quais regiões precisam de ações contra o mosquito com mais urgência.

Créditos: Allan Campos

A referência técnica de Controle Vetorial da Dengue da GRS Pedra Azul, Alex Assis, explicou que a proposta inicial da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) é de iniciar o projeto de instalação das ovitrampas em 135 cidades: sendo 101 municípios sedes de região e 34 municípios da Regional de Sete Lagoas. Na GRS Pedra Azul, a SES já disponibilizou 129 armadilhas (59 para Almenara, 40 para Pedra Azul e 30 para Itaobim). “As ovitrampas serão instaladas de acordo com os critérios estabelecidos, sendo que deverão estar a um raio de 300 metros de distância entre elas; ou uma armadilha a cada 225 imóveis ou uma a cada nove quarteirões. Importante frisar que as armadilhas não oferecem nenhum risco para população, e, sim, busca atrair as fêmeas dos mosquitos para as armadilhas, possibilitando que a ovoposição do mosquito seja monitorada. Com isso, teremos condições de identificar a quantidade de ovos dos mosquitos no local pesquisado, e, tomar decisões em tempo oportuno, evitando, assim, uma disseminação maior da doença”, acredita.

O coordenador de endemias de Itaobim, Wleydson Neves, ressaltou que os resultados obtidos por meio do método irão orientar o trabalho realizado pelo município. “A ovitrampa irá nos ajudar a identificar onde está tendo a infestação. Se em uma armadilha tiver muitos ovos do mosquito, quer dizer que ali, naquele bairro, está tendo muitos mosquitos. Então, acaba sendo importante essas armadilhas, porque nos orientam a fazer nossas ações de modo mais direcionado, em determinados locais com maior incidência, com ações mais direcionadas como palestras, trabalho intersetorial, mutirões, além de poder passar para a população daqueles locais a situação atual e a necessidade de ficar atenta para combater a doença”, defendeu.

Por Allan Campos