Com foco na prevenção e buscando aumentar as coberturas vacinais no país, o Ministério da Saúde lançou, na última terça (13/03), Campanha Publicitária de Mobilização e Comunicação para a Vacinação do Adolescente contra HPV e Meningites no Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar dessas vacinas estarem disponíveis durante todo o ano nas Unidades Básicas de Saúde (também conhecidas como Posto de Saúde) de todo o Brasil, a cobertura vacinal referente a essas doenças ainda é considerada baixa.

Em Minas Gerais, estima-se que cerca de um milhão e 300 mil adolescentes ainda não foram imunizados. Para reforçar o alerta do Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) desdobra o assunto em suas redes sociais, destacando a importância da vacinação, além de contar com um hotsite com informações sobre as principais vacinas ofertadas pelo SUS no seguinte endereço: www.saude.mg.gov.br/vacinacao

Prevenção

A coordenadora de Imunização da SES-MG, Eva Lídia Arcoverde, assegura que a vacina continua sendo a melhor forma de prevenção. “Com relação à vacinação de HPV entre o público de 9 a 14 anos, a cobertura vacinal ainda está muita baixa, sendo de 49% entre as meninas e de apenas 2% entre os meninos. Já no que se refere à meningite C, a cobertura vacinal entre adolescentes de 11 a 14 anos é de 16,10%”, explica Eva Lídia Arcoverde.

Crédito: Marcus Ferreira / SES-MG.

Dessa forma, a coordenadora que os responsáveis por jovens ainda não vacinados procurem a Unidade de Saúde mais próxima à sua residência para que a imunização possa ser feita. “Tanto em Minas Gerais como no Brasil, os adolescentes são uma faixa etária mais difícil para alcance da vacinação devido ao fato de não adoecerem e não procurarem os serviços de saúde com frequência. Assim, a melhor estratégia para alcançar esse público é a vacinação nas escolas. Por isso, neste ano de 2018, Minas continuará com a estratégia de atualização do cartão de vacinação dos adolescentes nas escolas”, explica Eva Lídia Arcoverde.

HPV

O HPV é causado pelo Papiloma Vírus Humano. Seu contágio é preferencialmente, por via sexual e a principal consequência são doenças oncológicas provenientes da infecção. A maioria das pessoas que entram em contato com o HPV, se não desenvolverem lesões clínicas (ex.: verrugas anogenitais) e se não realizarem testes laboratoriais, poderão nunca ter a infecção diagnosticada. Outras informações no hotsite: www.saude.mg.gov.br/hpv

Meningite

A meningite é uma doença que se caracteriza por um processo inflamatório nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, mas os tipos causados por vírus e bactérias são os mais importantes para a saúde pública por conta do número de casos, e por ter potencial para causar surtos. Outras informações no hotsite: www.saude.mg.gov.br/vacinacao

Esquema Vacinal

Meninos entre 11 e 14 anos e meninas entre 9 e 14 anos devem tomar duas doses da vacina contra HPV, com intervalo de 6 meses entre uma e outra. Homens e mulheres que apresentem baixa imunidade recebem três doses na faixa etária de nove a vinte e seis anos de idade, através do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Crédito: Marcus Ferreira / SES-MG.

Já com relação à meningite C, menores de um ano recebem duas doses, sendo a primeira aos três meses e a segunda aos cinco meses, com intervalo de 60 dias entre as doses. Crianças com um ano completo (12 meses), devem receber um reforço, que poderá ser aplicado até os quatro anos, 11 meses e 29 dias de idade. Adolescentes entre 11 e 14 anos (meninos e meninas) precisam tomar uma dose única ou reforço.

Vale destacar que, para adolescentes, a meta de vacinação contra HPV e meningite C é de 80%. Ainda com relação à meningite C, para crianças menores de 2 anos, a meta é de 95%. As vacinas contra HPV e meningite C estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde do estado.

Cartão de Vacinação

Eva Lídia Arcoverde reforça, ainda, a importância de cuidar do cartão de vacinação e mantê-lo atualizado. “O cartão de vacinas é um documento tão indispensável quanto o CPF, RG ou título de eleitor. No entanto, para quem estiver sem o cartão, por motivo de perda ou dano, a recomendação é procurar a unidade básica de saúde onde a pessoa costume se vacinar, pois lá terá o cartão espelho, documento que fica arquivado com os registros de doses que foram aplicadas, bem como as doses que deverão ser administradas”, orienta a coordenadora de Imunização da SES-MG.

 

Por Fernanda Rosa