O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), vai iniciar em 2018 a qualificação de cerca de 1.600 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de 68 municípios do Norte e Nordeste do estado. A ação será desenvolvida em dois anos, sendo que, no ano de 2019, irá abranger as demais regiões ampliadas de saúde do Estado. O investimento é de cerca de R$ 900 mil reais para a qualificação de ACS que atuam nas unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

O diretor-geral da ESP-MG, Edvalth Rodrigues Pereira, ressalta a importância deste projeto, pelo seu amplo alcance no estado e, especialmente, por abranger municípios com maiores índices de necessidades de saúde. “Sabemos das carências de municípios dessas regiões e nosso objetivo, com esse curso, é qualificar estes trabalhadores para que possam contribuir para um cuidado integral à saúde da população”, afirma.

O curso

A ação educacional visa qualificar o Agente Comunitário de Saúde, que é um dos membros das equipes da APS que desempenha um papel importante de mediação social entre a população e as equipes de saúde. Além disso, este profissional representa uma força de trabalho numerosa no país e no estado de Minas Gerais, sendo essencial para a garantia de um cuidado à saúde integral da população mineira. O curso possui carga horária de 400 horas, sendo 200 horas de concentração e 200 horas distribuídas em atividades de dispersão.

No primeiro semestre de 2018, o Norte do estado terá 42 turmas, de 41 municípios contemplados, com cerca de 870 alunos em Berizal, Bonito de Minas, Botumirim, Campo Azul, Cônego Marinho, Coração de Jesus, Cristália, Curral de Dentro, Francisco Sá, Francisco Dumont, Fruta de Leite, Gameleiras, Glaucilândia, Icaraí de Minas, Indaiabira, Itacambira, Jequitaí, Josenópolis, Lagoa dos Patos, Luislândia, Mamonas, Matias Cardoso, Montezuma, Ninheira, Novorizonte, Padre Carvalho, Pai Pedro, Patis, Pedra de Maria da Cruz, Pintópolis, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Santo Antônio Do Retiro, São Francisco, São João da Lagoa, São João do Pacuí, Serranópolis de Minas, Ubaí, Urucuia, Vargem Grande do Rio Pardo, Verdelândia.

De acordo com a referência técnica da ação, servidora Adriana Franco, para o segundo semestre de 2018, está previsto o desenvolvimento de mais seis turmas, de cinco municípios, com 107 alunos do Norte mineiro, em Buritizeiro, Ibiaí, Lassance, Ponto Chique e Santa Fé de Minas, além de 28 turmas, de 22 municípios (627 alunos), da região Nordeste do estado (Municípios: Águas Vermelhas, Angelândia, Ataléia, Cachoeira do Pajeú, Felisburgo, Franciscópolis, Frei Gaspar, Fronteira dos Vales, Jacinto, Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, Mata Verde, Monte Formoso, Nova Módica, Novo Cruzeiro, Padre Paraíso, Palmópolis, Poté, Rubim, Santo Antônio do Jacinto, Setubinha).

Tradição

A ESP-MG, desde 1997, oferta ações de qualificação de ACS, sendo considerada uma demanda frequente e permanente por parte dos gestores municipais.

No ano passado, a Escola promoveu as oficinas “Ativando a Educação Permanente em Saúde nos itinerários formativos da ESP-MG”, com a participação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) dos municípios de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves (RMBH) e Várzea da Palma (Norte de Minas). O objetivo foi discutir e refletir sobre a natureza do trabalho do ACS e os desafios cotidianos envolvidos na produção do cuidado à saúde das famílias de diferentes territórios de Minas Gerais.

Segundo a superintendente da ESP-MG, Thais Lacerda, as oficinas tiveram como base o referencial da educação permanente em saúde, que reconhece os saberes advindos da prática cotidiana e aposta na discussão e problematização do processo de trabalho. “A escola possui um protagonismo na qualificação desses trabalhadores e reconhece sua importância no fortalecimento da Atenção Primária em Saúde (APS) e na produção do cuidado. A participação deles foi fundamental para definirmos os conteúdos e elaborarmos o material didático”, explica.

 

Por Agência Minas

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