Cuidar da saúde é importante durante todo o ano. Em fevereiro, mês do Carnaval, no entanto, é importante reforçar alguns cuidados especiais. Com essa finalidade, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lança ações voltada à conscientização do uso de preservativo com o seguinte slogan: “A Folia Fica Completa Com Camisinha”.

A coordenadora do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Jordana Costa, explica que a importância é focar na prevenção combinada das ISTs oferecendo informações adequadas, além de reforçar o diagnóstico precoce. “É fundamental conscientizar os foliões acerca da prevenção, com orientações para toda a população e distribuição de preservativos”, diz.

Jordana ressalta que a Coordenação Estadual de ISTs/AIDS e Hepatites Virais também desenvolve ações de prevenção e assistência aos pacientes com infecções sexualmente transmissíveis, a fim de diminuir o número de novos casos e aumentar o diagnóstico precoce dessas doenças, melhorando, desse modo, a qualidade de vida e o acesso aos serviços de saúde.

“O tratamento para HIV/Aids é realizado por meio da terapia antirretroviral fornecido pelo Departamento IST/Adis e Hepatites Virais e a dispensação é realizada pelo estado para os municípios. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os medicamentos necessários a todas as pessoas que vivem com HIV e que necessitam de tratamento”, explica a coordenadora.

A Folia Fica Completa Com Camisinha

A campanha da SES-MG para o Carnaval 2018 será veiculada em todo o estado de Minas Gerais a partir do dia 06/02 e terá como público prioritário todos os homens e mulheres acima de 14 anos.

Além de publicações nos perfis das redes sociais da SES-MG ao longo do mês de fevereiro. Também vão ser distribuídas, para as 28 Regionais de Saúde do Estado, um total de 7.126.704 unidades de preservativos masculinos. “Além disso, distribuimos um quantitativo de 191.000 unidades de camisinhas de serviços parceiros, totalizando 7.317.704 preservativos masculinos, que serão distribuídos em todo o estado de Minas Gerais”, afirma Jordana Costa.

HIV em Minas Gerais

Em Minas Gerais, entre 2010 a 2018 (até o momento), foram notificados 30.276 casos de HIV/Aids. A maior concentração de casos de HIV/Aids no estado está na faixa etária de 20 a 34 anos. Essa predominância na faixa etária mais jovem está ligada a diversos fatores, entre eles: a baixa idade das primeiras relações sexuais, a variabilidade de parceiros, a falta de prevenção e o uso de drogas lícitas e ilícitas.

Crescimento da Sífilis

Considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), a Sífilis vem avançando não só em Minas Gerais como em todo o país. “Esse crescente aumento pode ser atribuído a alguns fatores, dentre eles, a redução do uso de preservativos femininos e masculinos nas relações sexuais e a resistência de alguns profissionais de saúde em administrar a penicilina benzeatina. É importante ressaltar que uma pessoa infectada pode permanecer sem sintomas por muitos anos, transmitindo a doença durante todo esse tempo, o que dificulta o diagnóstico precoce,”, pontua Jordana Costa.

Sífilis Adquirida e Sífilis Congênita

A Sífilis Adquirida é uma infecção que possui três estágios. É caracterizada conforme seu poder de infecção e o tempo de exposição ao organismo. A sífilis primária apresenta úlcera no local de entrada da bactéria, que pode ocorrer no pênis, na vagina, no ânus e na boca. Esse estágio é indolor e pode durar de 2 a 6 semanas.

Já na fase secundária, os sinais e sintomas surgem entre 6 semanas e 6 meses após a infecção e duram em média de 4 a 12 semanas. Podem ocorrer erupções cutâneas, queda de cabelo, febre, mal estar e dor de cabeça.

A sífilis terciária ocorre após o não tratamento da doença, podendo ocorrer de 2 a 40 anos após o início da infecção e pode acometer o sistema nervoso central, causando a neurossífilis.

A outra apresentação da doença, a Sífilis Congênita, é caracterizada pela passagem da bactéria da gestante infectada ao bebê, podendo ocasionar o nascimento prematuro do bebê, baixo peso ao nascer, sofrimento respiratório, pneumonia, icterícia, anemia, má formação óssea, surdez neurológica e pode levar à óbito.

O tratamento da doença é bem simples, tendo como medicação preferencial a Penicilina, em doses variadas e dura, em média, de 7 a 14 dias.

 

Por Agência Minas