Nessa quinta-feira (11/01), a Regional de Saúde de Varginha promoveu, no auditório do Centro Administrativo do Sul de Minas, uma reunião de programação e planejamento das ações de promoção e enfrentamento à Febre Amarela.

O encontro contou com a presença de gestores e referências municipais, além de equipe da Secretaria de Estado de Saúde, composta pela Subsecretária de Gestão Regional, Márcia Faria, pela Referência da Diretoria de Imunopreveníveis, Cynthia de Fátima Alves, e pela Coordenadora Estadual de Urgência e Emergência, Érica Oliveira.
Crédito: Mariana Ribeiro
Com abertura realizada pelo Superintendente Regional de Saúde de Varginha, Tarcísio Luiz de Abreu, a reunião teve o intuito de unir forças para elaboração de um planejamento que vise à organização das ações e serviços em busca da prevenção à Febre Amarela. A ação está sendo realizada em diversas regiões do Estado com o mesmo objetivo, respeitando as particularidades de cada uma, porém, com o mesmo foco.
 
A Subsecretária de Gestão Regional, Márcia Faria, deu início aos trabalhos reforçando a importância de se unir Atenção Primária, Assistência e Vigilância em Saúde na prevenção e assistência aos casos de Febre Amarela e ao contexto da doença nos dias atuais em Minas Gerais.  Abordou, ainda, a vacinação como a peça-chave para o alcance do objetivo de prevenção, tendo em vista que se trata de um agravo imunoprevenível.
 
O amplo estoque de vacinas no estado de Minas Gerais é, segundo Márcia Faria, uma grande ferramenta para que se invista amplamente nas campanhas de vacinação. A importância da divulgação junto ao município quanto às datas e horários de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde, bem como a identificação do perfil da população para que se adapte horários diferenciados de alcance, também foi citado por Márcia Faria.
 
“Em saúde pública é importante estabelecermos prioridades e, no momento, a Febre Amarela deve ser uma delas, para que nossos municípios estejam protegidos”, afirmou a Subsecretária de Gestão Regional.
 
Cynthia Alves, da Diretoria de Imunopreveníveis, apresentou dados e números de casos da doença do período de julho de 2017 a janeiro de 2018, e destacou a importância das notificações e digitações a serem realizadas pelos municípios, pois é a partir delas que a realidade dos municípios é conhecida e seus casos serão investigados.  
 
Érika Oliveira, Coordenadora Estadual de Urgência e Emergência, abordou o Manejo Clínico e expôs o fluxograma de casos de Febre Amarela, em que condutas devem ser realizadas de acordo com a classificação do paciente. Érika informou que, apesar de o Hospital Eduardo de Menezes ser Referência Estadual para estes casos, ficou acordado com a equipe da Unidade Regional que haverá uma definição de 1 hospital referência por região de saúde que possua UTI e Hemodiálise, para oferecerem suporte aos casos moderados no sentido de diminuir o tempo de resposta para o atendimento em tempo oportuno dos casos graves.
 
Tal definição foi sugerida em reunião prévia com a equipe da Regional de Saúde de Varginha e partiu de colocação da Referência que representou o Núcleo de Redes, da Regional, Poliana Pereira. O fluxo de internação para estes casos não será regulado pelo SUSFácil, mas sim pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), que deverá ser contatado pelo hospital que vier a receber o paciente com suspeição.
 
 Em seguida, Paulo Pazotti, Coordenador do Núcleo de Vigilância em Saúde da Regional de Varginha apresentou a situação atual do município em questão e dos municípios emergentes, além de apresentar as estratégias para o enfrentamento da doença.
 
“Precisamos atingir, com a vacinação, a população rural, principalmente homens, de 20 a 49 anos”, afirmou Paulo Pazotti.
 
O Coordenador do Núcleo de Vigilância em Saúde da Regional de Varginha destacou, ainda, a grande parceria de municípios como Três Corações, Varginha e também com a Universidade Federal de Lavras, que colaboram constantemente com o fluxo na regional de Varginha, como por exemplo, na coleta de vísceras de primatas encontrados.
 
De acordo com Paulo Pazotti, serão realizadas visitas in loco por membros do Comitê de Arboviroses da regional, a municípios que foram elencados como de maior risco situacional ou menor cobertura vacinal a serem iniciadas em breve.

Por Tânia Corrêa e Mariana Ribeiro

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