A vacinação é a maneira mais eficaz e segura de prevenir diversas doenças, como febre amarela e HPV. Para ampliar a cobertura de pessoas imunizadas, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES – MG) e a Regional de Saúde de Uberlândia realizaram na última sexta-feira, 01/12, o Seminário de Atualização do Calendário Vacinal 2017. Participaram os coordenadores de Epidemiologia e Atenção Primária dos 18 municípios da Regional. 

Crédito: Priscilla Fujiwara

O esquema vacinal precisa ser atualizado porque constantemente surgem novas vacinas. “Existe também mudanças epidemiológicas na propagação da doença, que passam a atingir mais em uma faixa etária que em outra”, explicou o médico da Coordenadoria de Imunização, José Geraldo Leite Ribeiro, sobre as razões das alterações no Calendário em 2017.

O médico também destacou a importância de quatro vacinas – a pneumocócica 10 conjugada, no primeiro ano de vida que imuniza contra pneumonia, meningite e otite; a penta valente, contra tétano, difteria, meningite, coqueluche e a hepatite B; a HPV e a de febre amarela. “No primeiro ano de vida, é importante a vacina pneumo 10 conjugada e a penta valente, porque a coqueluche é uma doença muito presente em nosso meio ainda. Para os adolescentes, eu destacaria a HPV, porque o risco de câncer de boca, o câncer anal, de pênis e de colo de útero começa a aumentar ao final da adolescência. Nas regiões mineiras, onde há circulação de febre amarela, ela é prioridade absoluta”, reforçou o médico.

A Coordenadoria de Imunização em Minas Gerais tem dois desafios: aumentar a cobertura vacinal de febre amarela na zona rural e de HPV juntos aos adolescentes. Por serem dois públicos diferentes, eles requerem estratégias específicas, defendeu o médico. “Precisamos de duas estratégias diferentes. A HPV é feita em uma idade em que os adolescentes estão na escola e, de acordo com a experiência internacional, os serviços de saúde só conseguem uma boa cobertura se trabalharem em parceria com a educação. Para melhorar a cobertura de HPV a melhor estratégia é a vacinação escolar”, já para imunizar contra a febre amarela, o médico apontou que o público que tem mais risco em pegar a doença e vir a óbito mora em habitações mais isoladas, como em distritos dos municípios e periferias em beira de rios. “Neste caso, sou favorável ao trabalho com as equipes volantes. Ir ao final de semana nestas casas, ir atrás principalmente dos homens. A maior vítima em Minas Gerais de febre amarela são homens adultos e eles não vão ao cento de saúde das cidades. Para evitar mortes, as equipes de saúde precisam ir até a essas casas para garantir que essas pessoas sejam vacinadas”, afirmou.

Nos 18 municípios da Regional de Saúde de Uberlândia, 14 estão realizando o monitoramento para avaliar a cobertura de febre amarela e definir as melhores estratégias, explicou o coordenador de Imunização da Regional de Saúde de Uberlândia, Eduardo Sanchez. “Temos que ter 100% de cobertura entre as faixas etárias de 9 meses e 59 anos, principalmente na zona rural”, reforçou o coordenador, que também já orientou os municípios da região a realizarem parcerias com a área de educação para melhorar a cobertura vacinal da HPV. 

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Por Priscilla Fujiwara