Na última semana, entre os dias 21 e 23 de novembro, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica Ambiental e Saúde do Trabalhador da Regional de Saúde de Januária realizou o treinamento "Monitoramento Entomológico com Ovitrampa". As ovitrampas são armadilhas pelas quais é possível detectar os índices de infestação do Aedes em cada região, durante todo o ano. O treinamento faz parte do projeto de Ampliação da Vigilância Entomológica para Monitoramento do Aedes no estado e abrange os municípios sede de microrregião: Brasília de Minas, Januária, São Francisco e Manga. Participaram do evento os agentes de Combate a Endemias, os coordenadores e supervisores municipais do Programa de Controle do Aedes, além dos laboratoristas dos municípios mencionados.

Crédito: Carlos da Costa

Nos três dias de treinamento, os participantes tiveram a oportunidade de aprender por meio de aula teórica, prática de campo e laboratorial. Na ocasião, Giovani Gonçalves, laboratorista do Ministério da Saúde cedido à Fundação Ezequiel Dias (Funed), esclareceu sobre a importância das informações repassadas e reforçou que o tempo necessário para executar as ações de instalação das ovitrampas e procedimentos complementares farão parte das atividades de rotina dos agentes.

De acordo com Leonardo Almeida Souza, supervisor do município de São Francisco, a dinâmica do treinamento foi muito boa e a nova estratégia será muito proveitosa para que o Índice de Infestação seja o mais próximo da realidade. Já segundo Marcos Oreste, referência técnica do Programa Estadual de Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes, na Regional de Januária, essa nova estratégia adotada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) no combate ao vetor Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e zika vírus, vai trazer mais subsídio para as atividades do Programa nos municípios. "Os resultados serão avaliados para uma tomada de decisão em tempo hábil e oportuno, o que nos permitirá um melhor planejamento das ações de controle e divulgação de resultados", completou.

Ovitrampas

Para a montagem de cada Ovitrampa, a SES-MG fornecerá recipientes escuros, palhetas cortadas nas dimensões de 2,5 cm por 10 cm (que serão utilizadas para a postura de ovos das fêmeas do mosquito), levedo de cerveja (que funcionará como atrativo para as fêmeas), caixas de madeira para o transporte das palhetas encaminhadas para análise, entre outros. O manuseio será feito pelos agentes que atuam no controle do vetor em cada município, em parceria com as Regionais de Saúde.

Por Maria Regina Morais

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