Com o objetivo de promover o enfrentamento à violência contra a mulher, além de  melhorar a qualidade das notificações dos casos, o município de Carmópolis de Minas, na região Centro-Oeste, realizou nesta quinta-feira (23/11), em parceria com a Regional de Saúde de Divinópolis, uma palestra para sensibilizar os profissionais da saúde e  do Conselho Tutelar quanto à importância de se ter uma linha de cuidado para mulheres vítimas de violência.

Com o tema Quebrando o silêncio, a  orientação aconteceu no plenário da Câmara de Vereadores. A Referência de Saúde do Trabalhador, da regional, Luciana Vilela Meireles, apresentou o instrutivo que explica como se notifica os casos de violência no Sistema Nacional  de Agravos de Notificação (Sinan). “A violência é um fenômeno complexo que pode deixar marcas profundas na pessoa, que pode se sentir envergonhada, fragilizada, e alguns casos, até mesmo culpada.  Para que se possa desenvolver e qualificar a linha de cuidados, é preciso notificar, destacou a referência Técnica de Saúde do Trabalhor da Regional de Saúde.

Crédito: Willian Pacheco

A violência pode ser física, psicológica/moral, tortura, sexual, financeira/econômica e outras. Para a Secretária de Saúde de Carmópolis de Minas,  Daniela Leite Garcia Silva, a sociedade não pode ocultar esta realidade. “Este é um assunto de extrema importância e essa troca de experiência é necessária, pontuou a Secretária Municipal de Saúde.

A palestra também reforçou com os participantes que a violência Sexual e a tentativa de suicídio são consideradas notificações imediatas, devendo ser feitas em menos de 24 horas. No entanto, o profissional deve ir além da notificação dos casos de violência autoprovocada. “Precisamos mostrar o que fizemos por aquele paciente, pois a tendência é a pessoa tentar novamente o suicídio. O que devemos ter em mente é o seguinte questionamento. Houve um acompanhamento da assistência?”, destacou a Coordenadora da Atenção Primária do município, Andréia Lúcia Rodrigues Amaral.

Ao final, os convidados tiveram acesso a  quatro casos clínicos decorrentes de violência e assistiram a dois vídeos que abordavam a temática. “As orientações foram muito válidas. Esperamos que aumente o número de notificações e que os casos de violência ocultos comecem a aparecer”, disse a referência de Mobilização do município,  Rodrigues Gonçalves Costa. 

 

Por Willian Pacheco

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