Em 03 de junho de 2017, a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) completou 71 anos de criação (1946-2017). Essa data foi celebrada internamente por seu corpo de trabalhadores, que de forma coletiva se organizaram.

No entanto, nos dias 22 e 23 de junho, dentro das atividades do primeiro Seminário Regional de Formação em Saúde Pública, realizado pela instituição e suas parceiras, a data mereceu destaque com uma série de eventos, como a emocionante homenagem à a as ex-diretora, a professora Roseni Sena.

Emoção e saudosismo

Com a presença de familiares e amigos da ex-diretora, a ESP-MG apresentou a foto oficial de Roseni para a Galeria de Ex-Diretores da instituição. A cerimônia foi conduzida pelo diretor-geral da Escola, Edvalth Rodrigues Pereira e por Júlia Sena, filha de Roseni, que emocionada, destacou a alegria de sua mãe em estar na ESP-MG, na década de 1980 como aluna e por 20 meses (2015-2016) como diretora.

“É emocionante participar de uma homenagem nesse espaço que tinha uma importância muito verdadeira para a minha mãe. Quando ela tinha a minha idade ela já tinha uma relação com a ESP-MG e ela sempre acreditou muito na educação pública, na instituição pública e em tudo o que envolve isso no ensino, na transmissão de conhecimento", disse.

Ela ainda descatou ser uma grande honra e também uma alegria ver essa emoção em torno na figura dela, que renova uma crença na vida, e no que fica do trabalho de cada um, desejando que a Escola receba tudo de bom e que ela sempre tentou investir nesse espaço. 

Júlia Sena e o diretor-geral da ESP-MG.

Logo após a apresentação da foto, os presentes assistiram à um vídeo produzido pela Assessoria de Comunicação Social da ESP-MG com as frases e passagens de Roseni pela instituição, que despertou memórias, afetos e saudades dessa figura ímpar que de várias maneiras inspirou, fortaleceu e focou no melhor que os trabalhadores e a própria Escola poderiam ter.

Formação

Também nesses dois dias, cerca de 150 participantes do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo dedicaram-se a intensos debates, troca de ideias e compartilhamento de saberes sobre a formação em saúde pública.

Para Maria Célia Santos, da Secretaria de Saúde de Carmópolis de Minas (Oeste de Minas), e aluna da especialização em Saúde Pública da ESP-MG, o seminário foi a junção de todos os encontros promovidos na Escola, em que somos incentivados a repensar o nosso posicionamento enquanto profissional de saúde e enquanto usuário do SUS. “Me trouxe aquele pensamento de que a gente precisa defender o SUS e ter outra ideia de como atuar na ponta, fazendo com que esse sistema seja não só eficiente, mas que sobreviva a todas essas reformas”, afirmou.

 

Já Ludmila Bandeira, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), agradeceu o convite da Escola e destacou a parceria, desde 2011, com um trabalho de saúde mental, trabalhando a questão do alcoolismo nas áreas de assentamento em Minas Gerais.

“É importante que os movimentos estejam juntos para um diálogo, diálogo para receber o médico para o atendimento da saúde da família nos acampamentos. Da necessidade demostrar nosso povo, deles serem agentes de saúde nessas áreas. O MST tem esse conhecimento, que não é cientifico, mas que é o conhecimento e a saúde para o MST é a capacidade de lutar contra tudo o que nos oprime, não estamos falando só da doença, mas da luta do cotidiano, do cuidado com o outro”, finalizou.

Xicas da Silva

Atividades culturais

As comemorações dos 71 anos da ESP-MG ainda contaram com as apresentações musicais do grupo Xicas da Silva e do projeto Dois Lados, com a presença dos usuários do Centro de Saúde Oswaldo Cruz (vizinho da Escola), além da mostra Saúde É Meu Lugar, com as narrativas dos trabalhadores da Atenção Básica do SUS nos territórios.

Dois Lados

Fotos: Frank Sabino e Jonathan Carvalho (ASCOM/ESP-MG).

 

Por Sílvia Amâncio

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