O Hemocentro de Belo Horizonte (HBH) recebe nesta quarta e quinta-feira (17 e 18/05) os gerentes técnicos da Rede Hemominas para analisar e discutir o Plano de Contingência adotado pela Fundação Hemominas durante a epidemia de febre amarela que acometeu o estado no início do ano.

De acordo com o diretor Técnico-Científico da Hemominas, Fernando Basques, o encontro vai tratar basicamente da gestão de crise, estoque de sangue e captação de hemocomponentes. “Vivenciamos uma catástrofe real, durante a epidemia de febre amarela no estado. Vamos apresentar os pontos do Plano de Contingência que foram colocados em ação e faremos um exercício de como se organiza um gabinete de crise. Nós conseguimos atender a demanda por hemocomponentes com sucesso e pretendemos, com a oficina, aperfeiçoar as nossas ações em situações como a enfrentada em Governador Valadares”, afirma. 

Crédito: Adair Gomez

Como parte da programação, foi apresentado o Plano de Contingência criado para a Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014, e adaptado para a epidemia de febre amarela. “O Plano de Contingência foi criado para conseguirmos atender um possível aumento de demanda de hemocomponentes durante grandes eventos. O nosso desafio foi adaptá-lo para uma situação de epidemia, respeitando o princípio obrigatório de manter a segurança do doador e do receptor de sangue”, explica a assessora da Diretoria Técnico-Científica, Raquel Delgado.

Myriene Vilar, gerente técnica do Hemocentro Regional de Governador Valadares - unidade da Fundação Hemominas alvo do Plano de Contingência em virtude da epidemia de febre amarela - fez uma avaliação dos problemas enfrentados e das ações adotadas pela instituição no momento da epidemia. “Enfrentamos a falta de hemocomponentes, cancelamentos de coletas externas, falta de doadores por causa da vacina contra a febre amarela e também problemas de logística. Em face do problema, a equipe do hemocentro e a comunidade assistida tiveram maior percepção do Planejamento Estratégico da Fundação e seu funcionamento em Rede. A comunicação instantânea com os coordenadores e o contato constante com a Diretoria Técnica foram fundamentais para a reversão do quadro e o atendimento da demanda por hemocomponentes”, afirma a gerente técnica.

Durante a oficina, foram debatidos temas como controle de estoque de hemocomponentes; captação de doadores; gestão de equipamentos da cadeia de frios; logística e transporte de hemocomponentes. 

 

Por Hemominas / ASCOM