O Sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença cursa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.

No quadro clínico clássico as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). A evolução da doença pode originar complicações infecciosas com amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar ao óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aeorossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode manter-se em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.

Até o momento não foram confirmados casos de sarampo no Estado.

Atualmente são 439 casos suspeitos notificados, destes, 348 casos foram descartados laboratorialmente e 91 ainda se encontram em processo de investigação, aguardando pesquisa laboratorial das amostras pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED-MG).

Das análises realizadas, até o momento, 18 casos suspeitos apresentam amostras soropositivas/reagentes ou inconclusivas para anticorpos lgM em primeira coleta oportuna, pertencentes aos seguintes municípios: Belo Horizonte (03 casos), Caratinga (01 caso), Carmo da Mata (01 caso), Conceição das Pedras (02 casos), Itanhandu (01 caso), Jequitinhonha (01 caso), Juiz de Fora (01 caso), Santa Helena de Minas (01 caso), Santa Juliana (01 caso) e São Roque de Minas (01 caso).

Contudo, é necessária uma segunda amostra soropositiva para a confirmação da doença, além da avaliação de outros parâmetros laboratoriais e informações como análise do aumento da titulação de anticorpos lgG, pesquisa de outros diagnósticos diferenciais (como dengue, zika, Chikungunya, parvovírus, dentre outros), deslocamento recente/contato com algum caso suspeito ou confirmado da doença e status vacinal completo para a tríplice viral. As amostras em suspeita – após segunda coleta – são encaminhadas à FIOCRUZ/RJ – Fundação Oswaldo Crus, que re-testa as análises sorológicas e realiza biologia molecular com o objetivo de detecção viral.

» Clique aqui e acesse o Boletim Epidemiológico do Sarampo em Minas Gerais (atualizado em 13/12/2018).

» Clique aqui e acesse o Informe nº.32 - Ministério da Saúde, que aborda a situação do Sarampo no Brasil.

Por Jornalismo SES