Para melhorar a qualidade da notificação, investigação e controle de surto de doenças transmitidas por alimentos (DTA´s), a coordenação de Vigilância Epidemiológica de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e a Vigilância em Saúde da Regional de Saúde de Uberlândia, realizaran nesta semana (11 e 12/4) a capacitação “Investigação de Surto de Doenças Transmitidas por Alimentos(DTA´S)”. Participaram as vigilâncias em saúde e a atenção primária dos 18 municípios da região que assistem a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

As DTA´s são causadas pelo consumo de água e alimentos contaminados e representam riscos para a saúde. Parte das causas são as más condições de produção, armazenagem, processamento, manipulação e conservação dos alimentos. Identificar e investigar as causas de um surto de DTA adequadamente é fundamental para o seu controle, explicou o coordenador de Vigilância Epidemiológica de Doenças e Agravos Transmissíveis, Gilmar Rodrigues, “a partir do entendimento de qual é causa, quem são as pessoas acometidas ou com maior risco, é possível direcionar as ações de promoção à saúde, contenção e controle do surto de forma mais assertiva”. Ainda segundo o coordenador, um surto é quando duas ou mais pessoas que consumiram de um mesmo alimento e que apresentaram após um determinado tempo sinais e sintomas de intoxicação alimentar.

A causa provável de um surto precisa ser identificada a tempo para uma ação rápida, evitando assim que novas pessoas sejam afetadas. Segundo a coordenadora da vigilância epidemiológica da Regional de Saúde de Uberlândia, Patrícia Nishioka a notificação do caso irá dar início ao processo investigatório e o papel da Regional é de apoiar os municípios nas investigações e exames laboratoriais, “caso eles precisem de exames laboratoriais, fazemos o contato com o nosso laboratório de referência, a Funed”.

Para a referência da Vigilância Sanitária da Regional de Saúde de Uberlândia, Talita Brito, o controle do surto deve ser realizado de forma integrada entre as Vigilâncias Sanitária, Epidemiológica e a Atenção Primária. Cada equipe tem um papel. É na atenção primária que os sintomas clássicos como vômito e diarreia precisam ser identificados, “se suspeitarem de um surto, imediatamente as equipes de saúde precisam comunicar ou a vigilância sanitária ou a epidemiológica”. Com a notificação do caso, a vigilância epidemiológica dá início à investigação, “irão descobrir o período de ingestão dos alimentos, de início dos sintomas, para se concluir o tempo de incubação.

A partir destas informações é possível saber quais são os possíveis microrganismos e alimentos suspeitos”. Com essas informações apuradas, a vigilância sanitária consegue realizar a sua inspeção e fiscalização de forma mais precisa. Se o surto ocorrer em uma residência, os moradores são orientados. “As residências são os campeões de ambientes onde ocorrem intoxicação alimentar, seguida de escolas e creches”, finalizou a referência.

 

 

Por Priscilla Fujiwara

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